As famílias AFS não têm de pertencer a nenhum modelo familiar tradicional. Podem ser famílias com filhos, sem filhos, adultos independentes ou famílias monoparentais, de diferentes idades, géneros e composições. São famílias com disponibilidade para acolher um novo membro na família e com vontade para vivenciar uma experiência de aprendizagem intercultural!

O acolhimento de um/a estudante não é remunerado – as famílias de acolhimento são voluntárias. A família proporciona a alimentação e o acolhimento mas o mais importante é o carinho e o apoio que poderão oferecer ao/à estudante. As despesas médicas, despesas relacionadas com os manuais escolares, almoços na cantina e transportes públicos para a escola, são cobertas pela Intercultura ou pela família natural do/a estudante.

O/A estudante normalmente recebe da sua família natural uma “mesada” que lhe permite fazer face aos seus gastos pessoais: roupa, cinema, passeios, etc… A Família de Acolhimento não tem de dar dinheiro ao/à estudante para estas despesas.

Não, na maior parte dos casos o/a estudante partilha o quarto com o/a irmão/ã de acolhimento. Os/as estudantes sabem que em Portugal a maioria das famílias vivem em apartamentos de dimensões reduzidas. Partilhar o quarto, para muitos/as jovens, é uma experiência nova e fascinante. Contudo, cada jovem deverá ter a sua própria cama.

A escola secundária que fique mais perto da área de residência, ou uma escola preferencial para a família de acolhimento. O contacto inicial com a escola é realizado pela Intercultura. No entanto, a família de acolhimento deve ajudar o/a estudante a formalizar a matrícula e a Intercultura-AFS incentiva as famílias a participarem nas reuniões de pais e nos momentos de avaliação dos/as estudantes. Por norma, os/as jovens são inscritos/as no ano correspondente à sua idade (10º, 11º ou 12º ano). A participação na escola é obrigatória, visto que este é um Programa Académico.

O/A estudante deverá ser integrado como um membro da família. Partilhará as alegrias, problemas, privilégios e responsabilidades familiares, como todos os membros da família. Pensem que o/a estudante que vai viver convosco vai ser um/a filho e não uma visita. Logo desde o início devem repetir as regras domésticas e explicar todos os pormenores da vida diária em casa. Por exemplo: para onde pode telefonar, se pode trazer amigos a casa, até que horas pode sair, etc. A cada família de acolhimento e respectivo/a estudante é atribuído o contacto de um/a voluntário/a da Intercultura. O papel deste/a voluntário/a é dar apoio tanto ao/à estudante como à família, durante toda a experiência.

A Intercultura desenvolve três tipos de programa: anual, semestral e trimestral. Os/as estudantes chegam normalmente na primeira quinzena de Setembro, no entanto, em Janeiro também chegam estudantes semestrais. O objectivo da Intercultura-AFS é encontrar uma família disposta a acolher o/a jovem durante todo o Programa.

Sempre que o/a estudante vos possa acompanhar não há qualquer problema, tendo no entanto que nos avisar para que os possamos contactar em caso de emergência. Se não for possível, o/a estudante ir convosco, poderá ficar em casa dos seus familiares ou amigos e, em último caso, com voluntários/as da Intercultura-AFS, durante o período de tempo necessário. O/a estudante não pode regressar ao seu país salvo em casos excepcionais.

Sim, mas preferencialmente só após 4 meses de experiência. A experiência de muitos anos comprova que este tipo de contacto é desestabilizador para os/as estudantes, daí que seja preferível deixar as visitas para mais tarde, quando o/a estudante já se encontra adaptado/a e integrado/a.

Sim e o não cumprimento de qualquer destas regras por parte de um/a estudante significa o retorno imediato para o seu país de origem:

• Ainda que o/a estudante tenha a carta de condução (ou tenha idade para a ter), não é permitido conduzir nenhum tipo de veículo a motor enquanto estiver no programa;

• Não pode utilizar nem possuir drogas;

• Não pode andar à boleia: não deve pedir ou aceitar transporte de desconhecidos;

• Não pode faltar às aulas sem justificação. As faltas devem ser justificadas pela família enquanto encarregados de educação;

• Os/as estudantes não podem viajar sem a família de acolhimento, sem a autorização da mesma, da família natural e da Intercultura.