Olá a todos! O meu nome é Pedro e já fazem quase seis meses que estou na Noruega. Estes seis meses têm sido os mais desafiantes, mas ao mesmo tempo os melhores que alguma vez tive.
Parece que foi ainda ontem que cheguei a Oslo e que o meu ano aqui começou. A sensação de entrar para o desconhecido é quase inexplicável, é algo que se precisa de viver. Coisas básicas como a escola, fazer amigos e compreender as pessoas tornaram-se difíceis para mim. Apesar disto no momento de chegada fiz dos melhores amigos que alguma vez vou ter: os outros participantes AFS. Aquele grupo de pessoas que viaja do seu país e vem para o mesmo sítio do que tu está sempre lá para ti, pois eles identificam-se contigo e a ligação que temos entre todos é muito grande.
Na Noruega o tempo tem sido o meu maior inimigo; semanas parecem dias e, de facto, como imensas pessoas dizem, tens de aproveitar todos os segundos que tens cá! Agora que já tenho bastantes amigos cá, o tempo passa a voar e de vez em quando torna-se um pouco assustador.
Outra coisa que aprendi nesta experiência foi a ter paciência a errar. Aprender uma língua foi das coisas mais difíceis que já fiz e é preciso ter bastante paciência. O meu maior erro, olhando para trás, foi não ter bases no norueguês.
Refletindo um pouco no meu país de acolhimento chego à conclusão de que a Noruega é sem dúvida o país mais bonito do mundo, embora tenha tido imensa sorte onde vim parar e também pelo facto de já ter viajado por quase toda a Noruega. O Inverno traz também outras possibilidades; ir fazer ski torna-se um hábito, assim como usar tanta roupa que até é difícil mexer. O inverno traz também a neve que tem sido dos pontos altos da minha experiência (neva bastante por estes lados…).
Tive também muita sorte com a minha família de acolhimento, com a escola e com as pessoas da minha área que têm sido espetaculares comigo. Dito isto, também posso dizer que nem tudo é fácil, como o facto de todos os dias ir para a escola e levar uma hora até lá (com um frio de rachar), ter só meia hora de almoço e – o pior para mim – foi jantar quase todos os dias às quatro da tarde. Mas agora que já estou integrado na cultura e que já sei a língua as coisas começam a ser muito melhores.
Para quem quiser fazer o ano AFS só vos digo: aventurem-se! Portugal é muito pequeno e têm todo um mundo por descobrir.
“The AFS year is not a year in your life, it’s your life in a year.”
Pedro Mendes; estudante AFS 2014/2015, Noruega