Há alguns anos, na matéria de história, vimos que o Brasil tinha se tornado o Reino de Portugal do Brasil e dos Algarves, e então eu perguntei pro meu professor o que eram os Algarves. Inocente. Mal sabia eu que seria nesse lugar lindo e especial que eu viveria um ano cheio de experiências incríveis e que me mudariam para sempre. Nesse tempo, eu fui abençoada com uma família incrível. Eles são pra mim realmente família, eu os amo como se nos conhecêssemos a vida toda, e são também conforto, pode tudo dar mal, mas sei que eles vão sempre estar comigo. E se hoje eu me sinto portuguesa, ou melhor, algarvia, podes ter certeza que eles foram o que mais impactaram para eu me sentir tão incluída nessa nova cultura.
Há uma frase que diz que “a mente que se abre a uma nova ideia, nunca retorna ao tamanho original” e posso dizer que minha mente agora é muito maior do que a mente da Alice que chegou em Portugal exatos 8 meses atrás. Eu venho aprendendo a compreender e aceitar as culturas, as pessoas e perspectivas diferentes de uma maneira que nunca imaginei que poderia. Portugal também vem me ensinando a amar de jeitos novos, e eu nem sabia que tinha tanto espaço assim no meu coração pra amar tanto as novas pessoas, lugares e tudo mais que se possa amar que eu venho encontrando! Eu venho aprendendo tanto aqui, que colocar tudo em palavras é impossível. Vim pra cá em busca de algumas coisas, mas o que eu encontrei é muito mais do que eu poderia pensar em encontrar.
Talvez uma palavra para definir o meu ano de intercâmbio é gratidão. A AFS, por ser tão incrível e certeira ao transmitir e vivenciar os seu valores, em especial ao meu Núcleo do Sotavento Algarvio, o qual eu pude ajudar e ver crescer. Também a minha família portuguesa e brasileira, por serem o meu porto seguro mais seguro. Aos meus amigos e a Portugal, por serem tão fofinhos e maravilhosos. E a Deus, por me permitir viver essa experiência. E para aqueles que têm medo de terem uma experiência de estudar fora ou receber alguém: “O que não te desafia, não te transforma”.
Alice, estudante AFS 2016-2017
Programa AFS Brasil-Portugal