“Como descrever estes 2 meses que apesar de serem só 2 meses, foram muito mais do que isso! Nem sempre é fácil arranjar palavras para descrever certas experiências.
Não foram os 2 meses mais fáceis da minha vida, muito pelo contrário. A adaptação inicial e o choque cultural foi gigante devido ao facto de ser uma cultura muito diferente, cultura essa que é mais conservadora, mais de afetos e de sentimentos e devido ao facto de ser um país que em pouco se assemelha a Portugal. A minha cidade é a terceira mais povoada da Costa Rica, sendo completamente diferente à cidade de Lisboa à qual estava acostumado.
O país, como diz o nome, é rico, rico em Natureza, em Cultura, em festas e em história.
Foram os 2 meses mais largos e ao mesmo tempo mais curtos da minha vida. Largos devido à quantidade imensa de experiências e emoções pelas quais passei e curtos pois parece que ainda ontem estava a despedir da minha família e a partir para uma aventura sem ter bem a noção do que me esperava.
Sou o único Português a fazer intercâmbio na Costa Rica, este ano. Isso tem as suas vantagens já que nos campos de AFS tenho de me esforçar mais para conhecer outras pessoas de outros países e não tenho de ficar agarrado a outros Portugueses para fazer amigos, porém entre escalas e voos estar 15 horas sozinho é sem dúvida uma experiência não muito divertida.
Os “Ticos” (nome a que os Costarriquenhos dão a outros Costarriquenhos) são um povo muito amável, um povo muito interessado em outras culturas e sempre pronto para ajudar. No meu primeiro dia de aulas foram essas características que eu pude ver e que me ajudaram a lidar com a pressão de estar num país desconhecido, sem conhecer ninguém e a 8000 km de casa.
Sem dúvida que a maior diferença entre Portugal e a Costa Rica é a vasta Natureza que este país tem para oferecer. Quando cheguei ao aeroporto de San José (capital da Costa Rica) os voluntários levaram me para um campus onde fiquei com outros AFSers de outros países e imediatamente fiquei a conhecer uma pequena parte da Natureza deste país, desde as grandes árvores, iguanas e grandes aranhas que eram visíveis a poucos quilómetros da capital.
Ainda tenho mais 8 meses pela frente, ainda vou ter muitas experiências positivas e negativas e sei que vou crescer muito a nível pessoal, algo que não seria possível sem fazer um programa AFS!”
Estudante AFS 2018/2019 | Portugal – Costa Rica