Três meses de dez, e já com três quilos a mais de lembrança dos maravilhosos queijos malcheirosos (os meus preferidos), dos croissants incomparáveis e dos meus “para sempre número 1” pretzels. Pretzels… Uau.
Contudo não foram precisos três meses para perceber o quanto esta experiência nos “engorda”. Atenção, não fisicamente.
Para mim, a primeira semana foi sem dúvida a mais difícil até agora. E bastou ultrapassar esses sete dias para eu ficar “OK, agora percebo a 100% o porquê dos intercâmbios”. Depois dessa semana senti logo que o meu sentido do “desenrasca” estava muito mais apurado, e lidar com situações em que não conhecia ninguém e onde não percebia metade do que diziam tornou-se automático, e deixei de me sentir tão desconfortável e um bocado em pânico como nos primeiros dias. Não demorou muito até que me adaptasse à escola que, apesar de não ser muito diferente, fazia-me sentir um bocadão perdida. Os amigos começaram a vir e a conversar com os outros AFS’ers. E partilhar as nossas experiências e dificuldades ajuda muito.
Não vou mentir que caí numa rotina, coisa inevitável na minha opinião. Mas caí na rotina num sítio com paisagens verdes e húmidas no Noroeste França (que não vejo onde moro em Portugal), numa dinâmica escolar completamente diferente (e onde já aprendi muito), e a fazer atividades que descobri que adoro, mas que nunca faria em Portugal.
Crescemos, conhecemo-nos melhor, aprendemos uma nova língua, novos hábitos, novas culturas… Só um mar de vantagens.
Laura P.
Estudante AFS 2019/2020 | Portugal – França