1914 – Primeira Guerra Mundial

afs1

A. Piatt Andrew organizou o American Field Service (AFS) com a missão de transportar soldados franceses feridos em combate.

O AFS iniciou as suas operações num hospital militar auxiliar, localizado no edifício do Liceu Pasteur, em Neuilly-sur-Seine, Paris. Este serviço, feito por voluntários e financiado por fundos civis, era uma extensão do Hospital Americano de Paris e abriu as suas portas em Setembro de 1914.
Os condutores não andavam armados. A sua missão não era de conflito mas de carácter humanitário. No fim da guerra, 2,500 homens tinham servido no American Field Service com o exército francês.

127 condutores de ambulâncias AFS perderam as suas vidas enquanto ajudavam a salvar soldados feridos nas batalhas da Primeira Grande Guerra. Os voluntários do AFS foram condecorados com 2 “Legion d’Honneur”, 5 “Medaille Militaire”, 245 “Croix de Guerre” e 21 “Section Citations”.

Entre as Guerras

NL55-2

Stephen Galatti ajudou a criar o “AFS Fellow-ships” (bolsas AFS) em universidades francesas, provomendo intercâmbios para 222 estudantes universitários entre a França e os EUA, de 1919 a 1952. Depois da morte de A. Piatt Andrew, Stephen Galatti tornou-se Director-Geral da organização, em 1936.

1939 – Segunda Guerra Mundial

desert afs

Em Setembro de 1939, no início da II Guerra Mundial, Stephen Galatti reorganizou o AFS como um corpo de condutores voluntários, que viria a actuar em França, no norte de África, Médio-Oriente e Itália.

196 voluntários AFS serviram com exércitos de vários países, incluindo a França, Grã-Bretanha, Polónia, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Índia e África do Sul, e transportaram mais de 1 milhão de baixas. 36 condutores AFS morreram, 68 foram feridos e 13 feitos prisioneiros de guerra, na II Guerra.

O AFS ajudou à evacuação de Bergen Belsen, duas semanas depois da morte de Anne Frank.

Início dos Intercâmbios Escolares

STUDENTS

Depois da guerra, Stephen Galatti e 250 condutores AFS prometeram continuar a sua tradição e criaram o “AFS International Scholarships”.

A tradição AFS de compreensão mundial e de intervenção continuaria através de intercâmbios interculturais e educacionais. Encorajado pelo Departamento de Estado Americano, o AFS iniciou o “AFS German Program” que envolveu estudantes de nações consideradas inimigas como a Alemanha e o Japão.

Anos 50 & 60

Intercultura_1967

Em 1956 o primeiro grupo de jovens portugueses participa no programa de intercâmbio anual AFS. À data da morte de Stephen Galatti, em 1964, os programas AFS existiam já em 60 países.

Anos 70 & 80

5_arquivo_geral_10_anos 80

A multinacionalização do programa foi alcançada em 1971 com a introdução dos intercâmbios multilaterais. Em 1972, o AFS lançou o programa “Educators” na União Soviética e na Polónia. Nos anos 80, o AFS alargou estes programas à China, Tailândia, América Latina, Jordânia e Gana. Em 1989, o AFS recebeu uma recomendação especial das Nações Unidas, reconhecendo o seu trabalho e dedicação aos jovens em todo o mundo.

Anos 90

chinese teacher afs

Nos anos 90, o AFS criou o programa de Serviço Comunitário e expandiu a sua rede para 52 países.  Em 1997, o AFS começou a acolher estudantes da República Popular da China, em cooperação com o Ministério da Educação chinês.

Hoje

27696108562_a4484c4252_o

Em 2014-2015 a rede AFS comemorou o seu centenário. Desde a sua fundação em Abril de 1915, mais de 450.000 pessoas participaram em experiências AFS.

Actualmente a rede AFS conta com intercâmbios AFS em 99 países, 59 organizações parceiras, 40.000 voluntári@s activos e, todos os anos, envia mais de 12.000 participantes para estudar no estrangeiro. Assente numa ideia de solidariedade entre os povos nascida durante as Grandes Guerras, a rede AFS é hoje uma das maiores organizações de voluntariado do mundo que, através de intercâmbios interculturais, se dedica a construir uma comunidade inclusiva de cidadãos globais determinados a construir pontes entre as culturas.

Em 2016 a Intercultura-AFS comemorou os 60 anos de existência em Portugal.